Em um auditório lotado e com direito a gritos de “bravíssimo”, a temporada de caça a talentos na Funape teve início na quarta-feira (27) com um tributo a Roberto Carlos no show Eles, ela e o Rei, comandado pelo analista previdenciário Luiz Eduardo Soares da Silva.
O evento, que contou com a participação da maioria dos servidores da instituição, além de aposentados e pensionistas, é uma prévia da 1ª Mostra Cultural Funape - – Valorizando seus Talentos, que será realizada no próximo mês de outubro e pretende reunir servidores com vocação para a música, literatura, artes visuais e outras linguagens culturais. A ação é promovida pelo Movimento Cata-Vento e tem caráter filantrópico, com a arrecadação de alimentos e doações para instituições beneficentes.
Cantor revelação
Com jeito discreto e comedido, Eduardo Soares demonstrou domínio como vocalista e nos acordes de sua guitarra. Durante uma hora de show, tocou 21 canções do Rei Roberto da fase Iê-Iê-Iê, criada pelo movimento musical Jovem Guarda nos anos 1960, que teve sua principal influência no rock and roll. Ciúmes de você, Eu te darei o céu, Aquele beijo que te dei e Splish, Splash, foram algumas das canções acompanhadas por colegas de trabalho bastante animados, que dançavam e empunhavam cartazes com frases do tipo: “Eduardo, eu te amo”, “Pode vir quente que eu estou fervendo" e "são muitas emoções". Houve até plateia de jovens sentadas no chão, mascando chiclete. Garotas e pessoas de várias idades se acotovelavam levantando braços e fazendo passinhos de Iê-Iê-Iê, uma imagem que lembrava cenas de shows da banda inglesa mais famosa do planeta, os Beatles.
O palco do auditório da Funape, que costuma ter mesa para debates, bandeiras e tribuna para cerimônias, agora era cenário de show com discos de vinil (os antigos LPs - Long Plays) e compact Disc (CDs- Discos compactos digitais) pendurados e colados às paredes, fazendo reflexo por trás de uma cortina branca de voal. Eduardo estava acompanhado de Laís Xavier, uma jovem vocalista do grupo MPB Unicap, de Paulo Gouveia (contra-baixo) e Marlon Santos (percussão), que abrilhantaram aquela tarde de apresentação.
O show, que deveria ser encerrado com a canção “É preciso Saber Viver”, foi invadido por gritos de mais um, mais um! E o novo talento teve que ceder aos apelos. Desta vez, fechou com “É proibido fumar”. As rosas vermelhas, aquelas que o Rei Roberto distribui com beijos em seus shows, foram trazidas ao palco pela produção do Programa Vida Ativa e Eduardo, mesmo tímido, as distribuiu com as colegas tietes de trabalho. Verdadeiro astro! Em meio a toda euforia, perguntei a uma servidora: de 0 a 10, qual sua nota? Gritou convicta: 10! Um show!